A
pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira trouxe dados de preferência
partidária que devem ser destacados e que confirmam a recuperação da imagem do
Partido dos Trabalhadores. De acordo com o instituto, o PT possui preferência
de 29% dos entrevistados, número maior à soma de todos os outros partidos.
Segundo a mesma pesquisa, 39% disseram não preferir nenhum partido. O segundo
partido mais mencionado é o PSDB, com 5%, seguido de PDT, MDB, PSB e PSOL, com
2% cada.
Se
considerarmos a série histórica desde 1989, o PT não apenas recuperou sua
imagem, como chega a empatar tecnicamente com seu melhor momento nos últimos 29
anos. Entre 2015 e 2016, anos de auge da campanha golpista contra o governo
Dilma e o PT, o partido chegou a ter, nos seus piores momentos, apenas 9% da
preferência, em março e agosto de 2015 e em dezembro de 2016, segundo o
Datafolha. Antes das manifestações de junho de 2013, momento que causou danos à
imagem do PT e do governo Dilma, o PT estava com 23% da preferência, ou seja, 6
pontos percentuais a menos do que o último número dado pelo IBOPE. O auge, na
série história, foi em abril de 2012, quando partido obteve 31% das menções.
Esses
números e os altos índices de intenção de voto de Lula permitem a interpretação
de que tanto o golpe quanto a perseguição política e judicial contra Lula e
contra o PT saíram pela culatra, no que se refere à opinião pública. O
sentimento de ódio alimentado pelos políticos, donos de mídia, colunistas e
articulistas, e membros do judiciário que esbravejaram diariamente nos últimos
anos, não conseguiu acabar com o PT nem com Lula, como anunciaram alguns como
profetas. Muito menos conseguiu fortalecer o campo da centro-direita que tenta,
de forma tímida, defender nas urnas o legado do governo Temer. Geraram, ao contrário,
o apoio de parte dos eleitores a candidaturas como a de Bolsonaro, que conta
com intenções de voto que sempre foram do PSDB, que tenta recuperá-las para que
a candidatura Alckmin não vire pó.
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