domingo, 26 de abril de 2009

260409 - AMEPS SE REUNE MAIS UMA VEZ E CRIARÁ SEU PRÓPRIO JORNAL





Aconteceu, hoje, 26.04, mais uma reunião da AMEPS - Associação do Movimento Emancipalista de Ponta da Serra.
Na oportunidade foram discutidos vários assuntos de interesse da comunidade e, em especial, do movimento emancipatório. Foi aprovado o projeto de criação de um órgão oficial da associação, objetivando uma melhor divulgação das ações da entidade. O informativo “O Emancipalista” será um periódico mensal com uma tiragem inicial de mil exemplares e circulará nos primeiros dias de cada mês. Além do informativo será criada também uma página na Internet que veiculará as matérias do jornal como e outras notícias publicadas na mídia regional e nacional sobre o tema emancipação política de distritos.
Devemos ressaltar que as reuniões da AMEPS serão bimestrais, e sempre nos 4º domingo de cada mês, às 10 horas no Pólo de Atendimento Vereador Edvardo Ribeiro da Silva, sendo aberta a todos os associados e simpatizantes do movimento.
É importante dizer que o Congresso Nacional tem neste mês de abril o último prazo para votação da PEC 13 que propõe devolver às Assembléias dos Estados a competência de emancipações de distritos à categoria de município. A não observância desta decisão, automaticamente, esta competência volta ás Assembléias.

sábado, 25 de abril de 2009

260409 - ALTERNATIVOS


Como não possuímos câmeras de alta qualidade como as do Blog do Crato, do nosso amigo Dílson Mendonça, tomamos a liberdade de utilizarmos esta belíssima foto postada em uma das matérias que faz referência ao incômodo que os nossos transportes, ditos erroneamente de alternativos (, não temos outra alternativa.), causam à sociedade cratense.
Por acaso os proprietários destes transportes que conduzem a população pobre (os sem carro) não pagam os mesmos impostos dos demais automóveis e tem o mesmo direito dos demais.
Trânsito caótico é coisa de cidade grande. E é uma grande balela dizer que o trânsito do Crato é caótico; ainda não somos uma grande metrópole.

A foto acima foi extraída do Blog do Crato , na qual não se ver nenhum caos.

250409 - TRANSPORTES ALTERNATIVOS VÃO MESMO PRA BEIRA DO CANAL











Há quase meio século os transportes de Ponta da Serra fazem seu ponto final, na cidade de Crato, no início da Rua Santos Dumont. Foi no início com os velhos caminhões pau-de-arara, depois com as velhas rurais, kombis, C10 e, agora, com as modernas D20 e topics. Durante todo esse tempo nenhum gestor público mexeu com os proprietários desses transportes.
Já faz anos que o Poder Público Municipal do Crato não tem garantido um transporte coletivo seguro à nossa comunidade como é de seu dever, deixando esse encargo a particulares, através de D20 e Topics., no que tem aumentado nas últimas duas décadas, aponto de se registrar,neste percurso da Santos Dumont, entre os alternativos de Ponta da Serra e de D. Quintino, em torno de 30.
Lembro-me que no ano de 1979, quando sai do banco montei um mercadinho em um dos pontos da antiga Padaria Gessi, na Cel Luiz Teixeira, tendo que me mudar para a Bárbara de Alencar, pois, todo este trecho em questão não valia um cibazol para o comércio.
Quando os ônibus da Pernambucana se retiraram da linha Crato- Dom Quintino aí verificamos um grande aumento nos alternativos. A partir daí o comércio dessa redondeza começou a se desenvolver.
Enganam-se os que pensam que foi só a Caixa, o BNB ou o Bradesco que trouxe o crescimento do comércio nesta área.
Como cidadão e usuário destes transportes alternativos me acho ferido e humilhado de ser considerado a lixo que se joga na beira do canal. Não está havendo o mínimo de respeito para com o povo, pois, como mostra as imagens, esse novo espaço, além de pequeno não oferece o mínimo de conforto e muito menos de segurança por ser uma área de risco. Portanto, “é troca Jesus por Satanás”
Devemos salientar que em um abaixo-assinado reivindicatório de permanência neste local, de todos os comerciantes do trecho desta rua, somente dois ou três não assinaram, numa prova óbvia que estes transportes onde estão não atrapalham tanto assim.
Esta é, sem dúvida, uma medida injusta e precipitada. Quem viver verá.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

20.04.09 - ''TANIA ALBINO LUNNA.- COLABORADORA

Temos recebido pelo orkut muitas mensagens interessantes, dentre elas, as enviadas pela jovem Tânia Albino Lunna, de Altaneira, mas residente no Sul do País. A Tânia tem nos enviado
muitos poemas, na sua maioria de Drumond, que iremos utilizá-los no jornal e no blog como colaboração sua, no que antecipamos os nossos agradecimentos. Vejamos o que diz a TÂNIA:

As asperezas da vida tornam as pessoas duras, amargas. E o pior é que nem sempre elas querem se livrar dessa carga que as tornam com o andar pesado e a visão do futuro vaga e obscura. Há pessoas que temos dificuldade em amar.
Difícil admitir, pois fomos feitos e criados para amar o próximo sem querer saber o que se esconde por detrás de seu passado e o que vai na sua alma. Cada um tem sua história, seus espinhos e sua cruz. Cada um também tem sua beleza, talvez apagada por acontecimentos, envelhecida por esperas que nunca tiveram fim e amargas pelo fel que a vida derrama vez ou outra.
Os altos e baixos da vida existem para todo mundo. Ame como quem ama aquela flor que atravessou sol e chuva e sobreviveu,tenha um otimo dia amigo

''TANIA ALBINO LUNNA.UM GRANDE ABRAÇO MEU QUERIDO AMIGO...DA AMIGA...TANIA''

20.04.09 - PIADA

Muito boa!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...


Já aconteceu de você, ao olhar pessoas da sua idade e pensar: não posso estar assim tão velho(a)?!!!! Veja o que conta uma amiga:

- Estava sentada na sala de espera para a minha primeira consulta com um novo dentista, quando observei que o seu diploma estava dependurado na parede. Estava escrito o seu nome e, de repente, recordei de um moreno alto, que tinha esse mesmo nome. Era da minha classe do colegial, uns 30 anos atrás, e eu me perguntava: poderia ser o mesmo rapaz por quem eu tinha me apaixonado à época?
Quando entrei na sala de atendimento imediatamente afastei esse pensamento do meu espírito. Este homem grisalho, quase calvo, gordo, com um rosto marcado, profundamente enrugado, era demasiadamente velho pra ter sido o meu amor secreto.
Depois que ele examinou o meu dente, perguntei-lhe se ele estudou no Colégio Sacré Coeur.
- Sim, respondeu-me.
- Quando se formou? perguntei.
- 1965 .
Por que esta pergunta? respondeu.
- É que... bem... você era da minha classe, eu exclamei.
E então, este velho horrível, cretino, careca, barrigudo, flácido, filho de uma puta, lazarento me perguntou:
- A Sra. era professora de quê?


COLABORAÇÃO: Dr. Cesar Mousinho

21 e 22/04: Show O Jardim das Horas


TEATRO PATATIVA DO ASSARÉ (Juazeiro), dia 21, às 21h30
TEATRO SESC CRATO, dia 22, às 20h.

COLABORAÇÃO
Tânia Peixoto
"O tempo é o meu lugar, o tempo é minha casa."
(Vitor Ramil)

sábado, 18 de abril de 2009

190409 - NOTÍCIAS DO CRATO

Saúde do Crato inicia campanha “Deixe a gripe na saudade. Vacine-se”

A Campanha Nacional de Vacinação contra o vírus influenza , que causa a gripe, tem como principal objetivo reduzir, na população acima de 60 anos as internações causadas pela doença. Dentro desse contexto a Prefeitura Municipal do Crato, através da Secretaria de Saúde do Crato tem como meta vacinar 11.238 (onze mil duzentos e trinta e oito) idosos. O dia D da vacinação contra a gripe será próximo dia 25, e a Secretaria de Saúde do Crato estará funcionando com os Postos de Saúde, Sedes dos distritos e todos os postos de saúde da zona urbana, bem como os seguintes pontos de apoio:

Crato Tênis Clube
Escola Rotary ,no Lameiro
Praça Siqueira Campos
Associação do Bairro da Independência
Escola Presidente Vargas, no Mirandão
Pátio da Prefeitura Municipal

A coordenadora do setor de imunização da Secretaria de Saúde do Crato, Teresa Cristina avisa que as pessoas deverão levar seus cartões de vacinação e ressalta que a vacina já se encontra nos Postos de Saúde do município.


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190409 - TRANSPORTES ALTERNATIVOS

Mais uma vez o Poder Público Municipal está intervindo junto aos proprietários de transportes alternativos das Linhas Dom Quintino - Ponta da Serra > Crato que fazem parada nas Ruas Santos Dumont /Cel.Luiz Teixeira, na cidade de Crato, no sentido de deslocar este serviço para as margens do canal do rio Grangeiro.
Ao que se sabe, os proprietários até concordam com esta mudança, desde que seja para um terminal adequado, que possa garantir um razoável conforto para eles e para os usuários.
Está prevista para esta segunda, dia 20, uma reunião com os representes da Associação dos Transportes Alternativos e a direção do DETRAN, ficando para quarta-feira, um encontro com o Prefeito Samuel Araripe, em seu gabinete.
Nós que fazemos o Jornal, a Radiodifusora e Blog da Ponta da Serra, aguardaremos o desfecho destas duas reuniões para podermos emitir o nosso parecer. E já nos antecipamos ao dizer que colocaremos à disposição dos nossos conterrâneos todos os meios que possuímos para sua defesa, e, conseqüentemente para a garantia da sua sobrevivência e dos seus.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

160409 - DISCUSSÃO ENEM X VESTIBULAR

UFRGS rejeita substituição do vestibular por novo Enem em 2010

Amanda Cieglinski Repórter da Agência Brasil



Brasília - As universidades federais começam a debater internamente a adesão ao novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma única de seleção para ingresso de novos estudantes. Pelo menos uma instituição já decidiu que vai deixar a mudança para depois. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) manteve o seu vestibular próprio para 2010.O reitor Carlos Alexandre Netto anunciou que, por enquanto, a instituição vai manter o atual modelo de ingresso porque, segundo ele, a UFRGS tem um um vestibular estruturado há muito tempo e uma grande demanda que precisa ser considerada em caso de mudança. O reitor salientou, entretanto, que a universidade apóia as mudanças propostas pelo Ministério da Educação (MEC). Segundo ele, os próximos vestibulares deverão incorporar o novo vestibular, mas não como única forma de seleção. O modelo a ser adotado pela instituição deve ser definido em julho, em reunião dos conselhos superiores da universidade.O modelo do vestibular unificado para as universidades federais foi proposto pelo Ministério da Educação (MEC) no mês passado. A intenção é reformular o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para que ele sirva como processo seletivo para todas as instituições. Os testes seriam de linguagens e códigos, matemática, ciências naturais e ciências humanas, cada um com 50 itens, e uma redação. A proposta foi já foi apresentada aos reitores das instituições federais de ensino superior, que agora devem decidir se aderem ou não ao modelo.A Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi uma das primeiras a se manifestar favorável à adesão da proposta ainda para este ano. Segundo o reitor Naomar Almeida Filho, o novo modelo do Enem deverá ser implantado como forma de seleção na instituição ainda para 2010, mas somente para os cursos de bacharelado interdisciplinar. São 900 vagas para quatro grandes áreas: artes, saúde, humanidades e ciência e tecnologia. Apesar da manifestação do reitor, a mudança precisa ser aprovada pelo conselho superior da universidade.

FONTE: www.agenciabrasil.gov.br

160409 - PREVISÃO DO PRÓXIMO VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO

Governo prevê salário mínimo de R$ 506,44 para janeiro de 2010

EDUARDO CUCOLOda Folha Online, em Brasília

O salário mínimo deve subir dos atuais R$ 465 para R$ 506,44 no próximo ano. Este é o valor previsto no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2010, apresentado hoje pelo governo federal. No próximo ano, o reajuste será antecipado de 1º de fevereiro para 1º de janeiro.
O reajuste do mínimo considera a inflação de 2009 e o crescimento da economia registrado em 2008. Os dois dados ainda vão sofrer alterações e revisões até o fim do ano, o que deve alterar o valor final.
Na lei orçamentária apresentada hoje, o governo manteve a previsão de crescimento de 2% da economia para este ano. Para 2010, a previsão é de um avanço de 4,5%. Para 2011 e 2012, o resultado será maior, 5%.
A previsão de inflação para todos esses anos é de 4,5%, tanto nos preços ao consumidor como nos índices gerais (IGPs, utilizados na correção de aluguéis, contratos e tarifas).
Para a cotação média do dólar, as previsões são de R$ 2,31 (2009), R$ 2,29 (2010), R$ 2,25 (2011) e R$ 2,26 (2012). Para a taxa média de juros, foi utilizada uma previsão em torno de 10% para os quatro anos.

15/04/2009 - 17h35

FONTE: http://www.folha.uol.com.br/

160409 - FHC ELOGIA A ECONOMIA DO BRASIL

FHC reconhece que Brasil está em situação melhor que outros países para sair da crise

Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil



Rio de Janeiro - O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso reconheceu hoje (15) que o Brasil tem uma boa situação diante da crise financeira internacional e pode sair dessa turbulência melhor que outros países.
“O Brasil tem uma situação melhor e a crise não foi aqui. O epicentro foi lá nos Estados Unidos. Depois se espalhou pela Europa e tudo mais”, disse FHC à imprensa, durante o Fórum Econômico Mundial da América Latina, no Rio de Janeiro.
“Sofremos com a queda das exportações e do fluxo de finanças, mas temos um mercado interno grande e reservas, o que são coisas positivas. O problema aqui depende da atuação do governo na parte fiscal”, disse.
Para sair da crise, FHC defendeu mudanças “no coração do sistema”, normalização do crédito e aumento dos investimentos. No Brasil, especificamente, ele disse que acredita ser necessário aumentar a eficiência dos gastos públicos.
Isso seria possível, segundo ele, com mais concursos públicos, por exemplo. “Mais gente com formação e menos nomeação política. Mais cobrança e mais avaliação dos programas. Tudo fácil de dizer, mas dificíl de fazer”, pontuou.
Em relação ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ex-presidente disse que os investimentos anunciados equivalem a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma das riquezas produzidas no país - e são insuficentes.
Embora tenha concordado em que o programa Minha Casa, Minha Vida, anunciado recentemente, deva gerar empregos com a contrução de 1 milhão de casas, FHC disse que não é possível saber se terá eficiência.
“Aqui no Brasil, logo no começo, se faz propaganda como se tivesse sido feito. Não posso julgar o que não aconteceu.
De boas intenções, não sei se é o inferno ou o céu que está cheio”, concluiu.


FONTE:- www.agenciabrasil.gov.br

terça-feira, 14 de abril de 2009

140409 - NOTÍCIAS DO CRATO

Samuel Araripe participa de solenidade de outorga do prêmio “Construindo a Nação

O prefeito do Crato, Samuel Araripe, participa hoje, às 15 horas, no auditório Waldyr Diogo -, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC - da solenidade de outorga do Prêmio Construindo a Nação, que reconhece escolas envolvidas em projetos de cidadania. Dez escolas cearenses serão agraciadas durante a solenidade. A premiação é realizada pelo Instituto da Cidadania Brasil, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Serviço Social da Indústria (SESI), tendo a coordenação estadual do SESI/CE. Nesta edição, 40 escolas cearenses concorreram ao prêmio. O objetivo da comenda é destacar, valorizar e mostrar como exemplo, criando referências, as ações que escolas públicas e privadas realizam com a presença ativa de seus alunos no diagnóstico e promoção de ações práticas de solução para problemas das comunidades onde estão situadas. Visa ainda valorizar o papel do educador no processo de formação do aluno como cidadão e preparar os estudantes para a vida do país, a partir da aprendizagem obtida na convivência com as demandas sociais das comunidades


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140409 - JORNALISMO NO CARIRI














Oswaldo Alves de Souza João Lindemberg de Aquino

Foto: Antonio Vicelmo


Oswaldo Alves e João Lindemberg são referência na preservação da memória do Cariri por meio de jornais e revistas.




Crato. A história de uma cidade não é conhecida somente em sala de aula ou por livros. Pode-se aprender muito sobre um determinado lugar também pelas notícias jornalísticas. E, na região do Cariri, quem contribuiu para isso foram os idealistas que editaram jornais e revistas: o funcionário público aposentado Oswaldo Alves de Souza, 80 anos, e o escritor João Lindemberg de Aquino, 73 anos, autor dos livros “Roteiro Biográfico das Ruas do Crato”, “Padre Ibiapina”, revista Itaytera e cerca de dez jornais.


Mesmo com a saúde comprometida, Oswaldo pensa em publicar um livro com suas principais reportagens. Ao longo de sua vida, como editor de jornais e revistas, ele escreveu a história do Nordeste. Resgatou valores humanos que foram apagados pela poeira do tempo. De máquina fotográfica em punho e a sensibilidade jornalística a flor da pele, Oswaldo se embrenhou na Caatinga, nas pegadas de Lampião, a procura dos remanescentes do Cangaço. Com o mesmo entusiasmo, entrevistou o inesquecível Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.


Testemunha. Ele acompanhou de perto, como testemunha da história, os principais acontecimentos políticos, administrativos e sociais que marcaram a evolução do Cariri. Percorreu “meio mundo” a procura de fatos pitorescos, tipos populares, crendices, lendas, mitologias que, na verdade, formam a identidade regional.


Já o escritor João Lindemberg levou uma vida dedicada a apaixonante profissão de jornalista, escrevendo, no dia-a-dia, a história de sua cidade e de sua região, numa época em que o jornalismo era exercido muito mais por amor. Era o jornalismo social, praticado com isenção e baseado na formação de uma opinião pública intelectual, culta, responsável. Durante anos, publicou a revista Itaytera, órgão do Instituto Cultural do Cariri que circulou, pela última vez, em 2000.


O médico e historiador Napoleão Tavares Neves lembra que o jornalismo do passado baseava-se, assim como hoje, em premissas como: dignidade, honestidade, ética, responsabilidade e comprometimento com a realidade dos fatos.O colunista social famoso, que cobriu os principais acontecimentos sociais da região, não utilizou o prestígio para a promoção pessoal. Lindemberg vive hoje exclusivamente de um emprego municipal que lhe foi oferecido pelo prefeito Samuel Araripe. Aposentado, sem condições físicas de fazer longas caminhadas no faro da notícia, Oswaldo Alves, agora “oitentão” e com a saúde comprometida, passa a maior parte do tempo relendo os seus arquivos, enquanto Lindemberg, que já foi o mais requisitado colunista social do Cariri, vive recolhido em sua casa.


Para o médico e escritor José Flávio Vieira, o grande desafio do momento é resgatar valores esquecidos. Como compreensão, fraternidade, gratidão, generosidade, alegria, flexibilidade, honestidade, paz, integridade, responsabilidade, parceria. “Estas virtudes estão sendo restauradas na história daqueles que testemunharam e viveram os principais acontecimentos da região”.“Relendo as revistas ‘Região’ e ‘Itaytera’, editadas por Osvaldo e Lindemberg, revejo pelo retrovisor do tempo as dificuldades da época”, diz Zé Flávio, complementando que “as imagens mostram também o escritor arguto, perspicaz. Com certeza, serve de espelho para as novas gerações”.




Mais informações:Oswaldo Alves de SouzaAvenida Duque de Caxias, 623(88) 3523.4369João Lindemberg de Aquino(88) 3523.3108
ANTÔNIO VICELMORepórter




EXTRAIDO DO JORNAL DO NORDESTE

segunda-feira, 13 de abril de 2009

140409 - RADIO EDUCADORA DO CARIRI

Missão Resgate assume a Rádio Educadora



Assinatura do contrato administrativo entre os diretores da Rádio Educadora do Cariri e a associação religiosa Missão Resgate (Foto: Antônio Vicelmo)


Contrato dará direito a 10 anos de administração pela Missão Resgate. Diocese do Crato promete quitar dívidas da rádioCrato. A Missão Resgate, uma associação religiosa ligada à Igreja Católica, assumiu a direção administrativa da Rádio Sociedade Educadora do Cariri, pertencente à Diocese de Crato. O novo diretor é o advogado e presidente da Missão Resgate, Geraldo Correia Braga, que já respondia pelo gerenciamento da emissora. O anúncio da mudança foi feito na última quarta-feira, pelo bispo diocesano dom Fernando Pânico, durante encontro que contou com a presença das associações religiosas, autoridades, diretores e funcionários da emissora católica. O objetivo da mudança, segundo dom Fernando, é avançar no processo de evangelização, no âmbito das Santas Missões populares, com mais entusiasmo. Para isso, caberá ao um grupo de jovens a responsabilidade de dirigir a emissora que tem como lema “Educar e Evangelizar”.Dom Fernando manifestou a sua gradação ao fundador da Rádio Educadora, dom Vicente Matos e aos seus ex-diretores Padre Teodósio Nunes e ao Monsenhor Gonçalo Farias. Ele recordou o trabalho educativo realizado nestes 50 anos de atividades radiofônicas e depositou toda a confiança na Missão Resgate.O diretor-presidente e maior acionista da Rádio Educadora, Monsenhor João Bosco Cartaxo Esmeraldo, fez um agradecimento especial a todos aqueles que colaboram para o sucesso da emissora, enquanto o novo diretor, Geraldo Correia Braga assumiu o compromisso de dar continuidade aos trabalhos missionários, lembrando que a evangelização não se configura somente por meio da programação religiosa em eventos na igreja, mas também em uma diferenciada atuação.De acordo com a nova direção, serão abertos mais espaços para a programação religiosa. No entanto, serão mantidos os programas de cunho informativo, tecnológico, informações desportivas, denúncias, debates, e uma diversidade de informações, um Jornalismo voltado aos interesses da comunidade. “Podemos destacar como ponto forte da emissora o compromisso com os interesses da comunidade regional”, garante Geraldo Braga.PadrõesA emissora segue padrões de ética e responsabilidade com a educação dos ouvintes, fiel ao slogan “difusão do útil, do bem, e da verdade”. Além dos tradicionais espaços religiosos, como o programa “Alô Meu Deus, a estação abre espaço para o jornalismo, músicas de raiz, serviços e debates”. A novidade é o envolvimento da Missão Resgate que será responsável, em parte pela manutenção financeira da emissora. A outra fonte de renda continua sendo a venda de comerciais. Com estas mudanças, a nova direção pretende reequipar a emissora que funciona em salas da Fundação Padre Ibiapina, entidade da Diocese de Crato.De acordo com o contrato, assinado, a Missão Resgate vai administrar a emissora durante 10 anos. A diocese se compromete a sanear as finanças da Educadora, quitando todos os débitos pendentes e cedendo oficialmente as salas e instalações, inclusive o terreno onde está instalado o transmissor FM de cinco quilos.
SAIBA MAIS
Fundação - Fundado em 1959 por dom Vicente de Araújo Matos, a Rádio Sociedade Educadora do Cariri comemora, este ano, 50 anos de atividades.Estação
Em 1º de julho de 1958, o Diário Oficial da União publicava o Decreto nº 43.931, assinado pelo presidente da República, Juscelino Kubitschek, outorgando concessão à rádio para estabelecer uma estação de radiodifusão.
Concessão. Essa concessão, segundo o historiador Armando Rafael, coroava meticuloso e organizado trabalho feito por dom Vicente de Paulo Araújo Matos, à época bispo auxiliar da Diocese do Crato.
Evangelização - Cumpria-se o desejo manifestado pelo jovem bispo, o qual desde sua chegada ao Crato em 1955 almejava utilizar os modernos meios eletrônicos na missão de evangelização.


Mais informações:Rádio Sociedade Educadora do Cariri Ltda. Rua Cel. Antonio Luiz, 68 - Bairro Centro - Crato(88) 3523.3198 / 3523.2705
Reportagem de Antonio Vicelmo
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE

140409 - EMANCIPAÇÃO POLÍTICA




Novo Projeto de Lei pode Favorecer a Emancipação de Ponta da Serra




Por Jaqueline Freitas


Jornal do Cariri

A vontade de tornar-se município, tem impulsionado a luta da comunidade de Ponta da Serra pela independência política e econômica. Influenciados pelo exemplo de cidades como Icapuí(antes distrito de Aracati), que conseguiu ser elevado a categoria de município, alguns moradores de Ponta da Serra se uniram num único e difícil objetivo: tornar Ponta da Serra mais um município do Cariri Cearense.Os entraves para elevar ao patamar de município começaram em 1996, quando a criação ou incorporação de municípios só poderia ser atribuída à União Federativa e não mais ao Estado, através das Assembléias Legislativas. A medida foi tomada para evitar a transformação de distritos que não possuíam viabilidade política e econômica. Entretanto em 2003, com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 13/2003), de autoria do senador Sérgio Zambiasi(PTB), haverá uma nova definição para regras de emancipação. As normas entraram em vigor de acordo com as particularidades e necessidade de cada região. Por exemplo, o número mínimo populacional, que deverá ser estipulado a partir de sete mil habitantes para o Nordeste, cinco mil para as Regiões Norte e Centro-Oeste e dez mil no Sul e Sudeste. Depois de sancionado, o novo projeto de lei permitirá que as Assembléias Legislativas retomem o direito de criar novos municípios. A emenda está em tramitação no Congresso Nacional e deverá ser promulgada até o mês de abril deste ano. Para ser elevado a categoria de município, Ponta da Serra precisa disponibilizar de estrutura urbana, viabilidade política e administrativa e bens necessários para o funcionamento do executivo e legislativo, além do número populacional que especificamente, no Ceará deve ser de 8 mil . Segundo o Presidente da Associação do Movimento Emancipalista de Ponta da Serra (AMEPS), Francisco Dionísio Alves, o distrito possui todos os requisitos necessários para ser atribuída a categoria de município. “Temos infra-estrutura suficiente para sermos uma cidade. Em termos de população, nem se fala, são mais de 10 mil habitantes. Um número que já é maior do que a cidade de Altaneira, por exemplo, que tem pouco mais de 7 mil habitantes” Argumentou o presidente.Com a emancipação política de Ponta da Serra a população receberá mais recursos do governo estadual e federal. Além de incentivos financeiros para projetos destinados a saúde, educação e demais áreas. Uma das queixas da população é a distância do distrito até a sede administrativa que fica no Crato. De acordo com o Antônio Correia Lima, tesoureiro da AMEPS, será mais fácil para a comunidade se a administração política estiver situada em Ponta da Serra, “Só assim, poderemos fiscalizar o poder executivo e legislativo. Com a transformação em município, nós poderemos acompanhar de perto a ação do prefeito e dos vereadores”. Afirmou seu Antônio.Ponta da Serra tentou a emancipação política pela primeira em 1991, junto ao governo do estado. No entanto, o projeto de emancipação foi vetado porque o distrito não estava dentro dos parâmetros exigidos para municipalização. Hoje, Ponta da Serra está se desenvolvendo gradativamente e preenche os requisitos para tornar-se mais uma cidade do cariri cearense.

EXTRAIDO DO BLOG DO TARSO ARAÚJO

130409 - OS DOIS "CARAS"

Há anos procuro preencher o meu tempo com coisas positivas que possam contribuir para a formação da nossa gente e, ao mesmo tempo, promover a nossa Ponta da Serra. Assim, iniciei, há seis anos, uma pesquisa sobre as nossas origens, transformada em matéria para a revista Província e em projeto de pesquisa e artigo final do curso de história da Urca. Criei o Jornal e Radiodifusora, funcionando há cinco anos. Recentemente criei os Blogs da Ponta da Serra e do Toinho e um canal de Podcast,onde foi gravado seu primeiro programa com o nosso Hino, do qual tive o prazer de ser autor da letra.
Fico feliz em ver conterrâneo, assim como Raimundo Pereira Sobrinho (Raimundo de João Conrado), dando sua contribuição na manutenção do nosso Blog. Por isso, transformo em postagem seu comentário.

Meu Amigo Toinho

Acho que aqui foi o caminho para que um negro tenha chegado ao comando da nação mais rica do mundo e um operário que desempenha seu segundo mandato presidencial tenha conseguido tanto respeito da comunidade internacional.
4 Abril Morte do heróiSem Martin Luther King, movimento negro americano ficou menos pacifista.
Depois de hesitar muito, o maior líder negro americano, Martin Luther King, abraçara a luta contra a Guerra do Vietnã. A causa da dúvida era o medo de que os negros americanos fossem acusados de antipatrióticos. Sobre o conflito, King dissera: “Precisamos deixar claro que não toleraremos mais, não votaremos mais em homens que continuam a considerar as mortes de vietnamitas e americanos como a melhor maneira de promover a liberdade e a autodeterminação no Sudeste Asiático”.A luta dele contra o racismo começara havia mais de 15 anos. Já nos anos 50 o pastor batista estava engajado em movimentos pelos direitos dos negros. Em sua trajetória, elaborou discursos belíssimos e conseguiu que fosse aprovada a Lei dos Direitos Civis (em 1963), que transformava a legislação segregacionista americana em algo inconstitucional, e, em 1965, que os negros tivessem direito ao voto. Ao mesmo tempo, recebia ameaças de morte, era perseguido pelo FBI e sofria de depressão.Em 1965, King já tentara se engajar na luta pelo fim da Guerra do Vietnã, mas foi atacado por amigos e oposição, que não queriam que ele se metesse nessa briga. Mas, em 1968, King combinou a luta contra o racismo com o ativismo contra a guerra e as desigualdades sociais. O pastor tinha ido para Memphis, no Tennessee, em 4 de abril, para apoiar uma greve de lixeiros. Desiludido com o sonho de um país mais justo e com direitos iguais, começou a escrever o discurso “Por que a América deve ir para o inferno”. Com o sermão inacabado, conversava na sacada do Lorraine Motel quando levou um tiro no pescoço, às 18h01. Morreu uma hora depois, no hospital. O assassino, o branco James Earl Ray, foi preso dois meses depois, mas o crime nunca foi esclarecido.O movimento que tinha em Martin Luther King Jr. seu grande ídolo já estava rachando havia pelo menos dois anos. Outros líderes, como Stokely Carmichael, um intelectual radical nascido em Trinidad e Tobago, estavam falando em “Poder Negro” e estruturando o grupo rebelde dos Panteras Negras, deixando de lado a ideologia não-violenta do pastor King e buscando o confronto com o governo e com os brancos. “Agora que levaram o doutor King, está na hora de acabar com essa merda de não-violência”, desabafou Carmichael, depois daquele 4 de abril.Os líderes dos Panteras Negras não pegavam leve. Os mais moderados exigiam o ensino da história dos negros americanos e de suas lutas políticas em escolas e universidades. Os radicais defendiam uma espécie de nacionalismo negro, no qual os afro-americanos tomavam o poder que lhes havia sido negado – embora ninguém dissesse exatamente qual “Estado” seria criado no lugar dos Estados Unidos “branco”.Nessa onda de radicalismo, os defensores do Poder Negro tentavam encontrar a arte, a moda e até os cortes de cabelo genuinamente africanos. Ao lado dessas preocupações quase sempre inofensivas, alguns intelectuais do movimento defendiam a criação de organizações paramilitares e até o estupro de mulheres brancas (uma forma de revidar os séculos de dominação sexual exercida pelos homens brancos sobre mulheres negras). Ao mesmo tempo, os Panteras Negras exigiam que os afro-americanos ficassem isentos do serviço militar – afinal, não teriam razões para lutar por um país que os oprimia. É claro que os recrutadores não engoliram a idéia.Apesar dos confrontos raciais que se seguiram em muitas das principais cidades americanas, e da repressão muitas vezes brutal da polícia, a ação de Martin Luther King e seus companheiros acabou revertendo de vez a segregação racial institucionalizada nos Estados Unidos. A política de ação afirmativa nas universidades criou uma classe média negra relativamente rica e poderosa. Embora haja tensão racial difusa nas grandes metrópoles americanas, pode-se dizer que é graças aos acontecimentos de 1968 que o negro Barack Obama é hoje um dos principais candidatos a presidente dos Estados Unidos.
Fonte: Revista Aventuras na Historia - Edição 58, maio/2008Editora Abril

COLABORAÇÃO: RAIMUNDO PEREIRA SOBRINHO

130409 - A FESTA DA MATANÇA DO JUDAS







A Semana Santa é, sem dúvida, um dos períodos de maior concentração de manifestações folclóricas e populares, onde se pode destacar, entre outras tradições, a “Morte do Judas”.
Todo ano verificamos em nossa comunidade, neste período da Semana Santa, crianças jovens e adultos fantasiados de caretas, circulando em nossas ruas, utilizando a tradicional expressões “ó padim, ó parceiro me dá um jejum”. O que se observa é que este movimento não tem nenhuma organização e que cada um pede esta ajuda para si mesmo e não para uma finalidade coletiva.
Gostaríamos de ver em nossa comunidade uma coisa mais organizada neste sentido, com a criação do sítio do Judas, com a leitura do testamento, a parte mais interessante do evento, e a matança do Judas.
Diz a tradição “que o homem que o traiu [Jesus] foi Judas, pela ínfima quantia de trinta dinheiros, entregando-o com um beijo na face e um olhar de esguelha. Todos se lembram de uma árvore e de um laço, onde ele [Judas] novamente será pendurado e enforcado, depois de um julgamento público e da leitura de um testamento. Sem distinguir-se do Rei Divino, o Judas também será dilacerado e morto, o corpo estripado, os membros esquartejados, sob os gritos da turba confundida, matando numa só figura, um bandido e um rei. Judas morto e Cristo ressuscitado numa celebração de dois ritos que são um mesmo rito, propiciando a que volte o tempo da carne, da fartura e da alegria”.A orquestra puxa o cortejo nas cidades do interior do Nordeste. Caretas agitam seus relhos atrás do jumento que carrega o boneco espalhafatoso de riso aberto. Embriagado, o bando arrasta o boneco do Judas de estopim rumo à sua quinta. “Entre sarros e chumbregos, bafejos de vinho suspeito e arrotos indecentes, o Carnaval recomeça, celebrando-se com pândega a morte prenunciada”. “Nas noites silenciosas das cidades nordestinas, penitentes ainda dilaceram as costas com pequenas lâminas, pranteando em benditos o Inocente que morrerá na cruz. A mão direita não sabe o que faz a mão esquerda Sob pedradas e vaias, desce o cortejo de um boneco de braços abertos, a mão segurando um cigarro no lugar de um ramo verde”.Comprimidos no interior da igreja, os fiéis aguardam a meia-noite do sábado, quando as cortinas roxas desabarão dos trilhos e os sinos tocarão dobrados, abafando o grito de Aleluia”.“Dispersos na praça, girando os tirsos de couro, filhos e esposas do Judas esperam o instante em que sua cabeça explodirá, para se atirarem sobre o corpo de trapos e palha.Rude contraste de um mesmo fim comum: morte e ressurreição”
Dessa forma, esperamos que alguém da nossa comunidade tome a iniciativa de organizar, para o próximo ano, um evento idêntico aos que acontece na cidade de Crato, que teve como pioneiros da festa da matança do Judas, a família do Seu Zé de Bastos, que até os dias de hoje promovem a mais concorrida festa deste gênero na região.

FONTE
CONTINENTE ONLINE(http://ricarlo40.blogspot.com)

130409 - A CRISE QUE VIROU HISTÓRIA

Nova York, Terça-Feira, 29 de Outubro, 1929

Quebra da bolsa em 1929: Tragédia em Wall Street

A quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, marcou o fim de uma era de euforia e prosperidade e preparou o cenário para uma depressão mundial que culminaria na Segunda Guerra
por Felipe Van Deursen
Como fazia toda quinta-feira, naquela manhã de outubro de 1929 o mítico bilionário do petróleo John Rockefeller encontrou seu engraxate, com quem gostava de conversar sobre trivialidades. Enquanto lustrava o couro, o garoto olhou para o homem mais rico do mundo e disparou: “Fiquei sabendo de uns papéis que vão subir pra valer, senhor”. Rockefeller dobrou o jornal, fitou o guri e, ao voltar ao escritório, vendeu boa parte de seus papéis na Bolsa de Valores de Nova York. “Se o menino que lustra seus sapatos sabe tudo sobre o mercado, então algo muito errado está acontecendo”, afirmou.
Uma semana depois, no 24 de outubro que ficou conhecido como “quinta-feira negra”, a Bolsa da metrópole americana iniciava uma traumática queda, levando milhares de pessoas à falência. Bancos e indústrias foram arruinados. Pequenos investidores também foram à bancarrota. Eram professores, garçons, datilógrafos. Gente que havia sido atraída para o mercado de ações numa época de deslumbramento: os loucos anos 20.
É bastante provável que a história de Rockefeller, que se safou razoavelmente ileso da quebra (ou crack, em inglês, como o episódio ficou conhecido), seja lenda – criada por ele ter sido um dos poucos investidores a não perder muito dinheiro. Fato é que, três anos depois, engraxates como o do bilionário eram a profissão que mais crescia em Manhattan. O jornal The New York Times registrou que, além dos cerca de 7 mil garotos lustrando sapatos para ajudar a família (cena praticamente inexistente no verão de 1929), havia uma multidão de camelôs vendendo gravatas baratas, balões coloridos e toda sorte de bugigangas. Nova York vivia seus dias de Terceiro Mundo. A Grande Depressão assolava a América.
Loucura, loucura
Quando a Primeira Guerra terminou, em 1918, a Europa estava devastada e suas potências, enfraquecidas. Os Estados Unidos, já o país mais rico do mundo, passaram a suprir o continente de manufaturas e alimentos. Durante praticamente toda a década de 20, o aumento da produção gerou crescimento e prosperidade ao país, que dominou outros mercados, como a América Latina. Era tão grande o otimismo que se acreditava estar diante do fim da era dos ciclos econômicos – o vaivém da economia, períodos de recessão entre épocas de expansão, que ocorreram diversas vezes ao longo da história.
O governo facilitava a economia liberal, sem interferências, reduzindo impostos. Calvin Coolidge, eleito presidente americano em 1924, disse que “o negócio dos Estados Unidos são os negócios”. Com o mercado livre, leve e solto, surgiu uma nova moda, ao lado do Ford T e do jazz de Duke Ellington: investir em ações. A oferta de produtos como carros e eletrodomésticos só aumentava e empréstimos e vendas a crédito se popularizaram para ajudar as pessoas a comprar cada vez mais.
No meio da década, a Europa voltou a competir por clientela e a produção americana ficou superaquecida. Não havia consumidores para tanta oferta. Mas o otimismo não foi contido, afinal a “mão invisível” do mercado sempre se adaptaria para manter o país no rumo do crescimento. Em um discurso de 1928, o novo presidente, Herbert Hoover, declarou: “Estamos hoje mais próximos do triunfo final sobre a pobreza do que já esteve qualquer outra terra na história”.
Em 1928, a valorização das ações começou a dar passos bem mais largos do que o crescimento da própria economia. Novas tecnologias, como radiodifusão e carros, eram as queridinhas dos investidores. Uma ação da Radio Corporation of America, que em 1921 custava 1,5 dólar, valia 57 vezes mais sete anos depois. A especulação galopava. Em Salve-se Quem Puder, o historiador inglês Edward Chancellor afirma que em 1929 “os especuladores se tornaram surdos aos alertas. (...) Em vez de raciocinar, eles se alimentavam dos crescentes boatos sobre riquezas fabulosas ganhas no mercado acionário por motoristas, vaqueiros, atrizes”.
Em setembro, o índice Dow Jones, de avaliação do mercado, registrou seu pico máximo no ano e o mercado começou a sentir que uma queda se aproximava. O volume de negócios diminuiu até a situação se tornar insustentável. “Houve uma crise financeira, da bolsa, e uma econômica, de produção e força de trabalho”, explica o historiador Wagner Pinheiro Pereira, autor de 24 de Outubro de 1929. “A crise levou acionistas a colocar ações à venda. Com excesso de ações e poucos compradores, o preço caiu, arruinando as pessoas. Sem recursos, as empresas demitiram. Bancos e fábricas faliram, e os efeitos se espalharam pelo mundo.” O triunfo de Hoover nunca chegou. Mas o pior ainda estava por vir.
O ex-ministro das finanças do Reino Unido, Winston Churchill, dono de algumas ações em Wall Street, visitou a Bolsa naquele fatídico 24 de outubro. Presenciou um pânico silencioso – naquela época, não era permitido gritar ou correr no pregão –, mesmo sem o dia ter registrado nenhuma falência de grande empresa. O medo estava no ar pela simples queda dos preços das ações. Uma multidão nervosa se acotovelava do lado de fora, quando um homem subiu no alto de um prédio. O nervosismo aumentou. À toa, pelo menos naquele momento: era só um operário fazendo consertos de rotina. Porém, naquele dia foram registrados 11 suicídios, como o de uma funcionária de joalheria que se enforcou, com os papéis de cobrança sob seus pés. Para ela e outros 90% que se aventuraram na Bolsa, o investimento virou dívida.
Os preços caíram até a “terça-feira negra”, dia 29, quando o desespero tomou a Bolsa. Corretores berravam, agarravam-se pelo pescoço, rasgavam paletós. Rockefeller anunciou em público que voltaria a comprar ações diariamente, o que reanimou o mercado, mas acabou virando piada. O humorista de rádio Eddie Cantor não perdoou: “Eu bem que acredito. Quem mais ainda tem dinheiro, além dele?” Eddie, que perdera 1 milhão de dólares, tratou de criar lendas de suicídios que ficaram famosas, como a dos recepcionistas do Hotel Ritz que perguntavam a quem chegava ao hotel se iam se hospedar ou se matar, atirando-se de um andar alto – embora não tenha havido um aumento significativo de suicidas em relação ao ano anterior.
A crise, em si, acabou em novembro. Atingiu, além de Churchill, que ficou quase 600 mil dólares mais pobre, cerca de 1,2 milhão de pessoas nos Estados Unidos – menos de 1% da população. O ano de 1930 começou com novas promessas de emprego, mas a melhora do humor do mercado foi efêmera.
Em dois anos, o Produto Nacional Bruto (soma da renda de pessoas e empresas americanas) caiu 60%. Em 1931, faliram mais bancos que durante os anos 20 inteiros. “A Depressão foi de longe o pior momento da história econômica”, afirma o economista americano Randall Parker. A falta de dinheiro atingiu duramente as fábricas. Industriais faliram, entre eles William Durant, fundador da General Motors – empresa-símbolo da especulação. Em 1936, para se sustentar, Durant lavou pratos em Nova Jersey. Charles Mitchell, presidente do National City Bank (o atual Citibank) durante os anos 20, foi forçado a se demitir após ser acusado de não ter declarado impostos. Mesmo sem ser condenado por falta de provas, foi considerado um dos responsáveis pelo crack. A popularidade de Hoover afundou junto com a auto-estima da nação.
Filas se espalharam pelo país. Filas por um prato de sopa rala, filas por um pedaço de pão, filas de homens em busca de emprego. No campo, o sinal de pobreza era claro: favelas com cabanas feitas de papelão e lata proliferavam e agricultores vagavam pelas estradas à procura de serviços temporários. Enquanto nas fazendas abandonadas maçãs apodreciam e urubus comiam a carne de carneiros sacrificados em cânions (atirados pelos proprietários que não queriam gastar dinheiro com o abate), na cidade as pessoas morriam de fome. Ninguém tinha dinheiro para consumir. Assim, ninguém vendia.
Em 1932, uma comissão foi organizada pelo governo para apurar as falcatruas em Wall Street. Constatou remuneração excessiva e manipulações. A Bolsa foi definida como um “cassino”, deixando a população ainda mais insatisfeita. Com um discurso que propagava intervenção do Estado na economia, o democrata Franklin D. Roosevelt foi eleito presidente e em 1933, auge da recessão, anunciou um pacote econômico para salvar o país: o New Deal (novo acordo, em inglês).
A essa altura, com um quarto de seus trabalhadores sem emprego, a recessão dos Estados Unidos atingiu a Europa e outros rincões. Em 1931, os franceses só tiveram tempo de caçoar da “presunçosa economia anglo-saxã” antes de também cair na Depressão, assim como os ingleses. O tabuleiro mundial estava de pernas para o ar, a ponto de a União Soviética de Josef Stálin tornar-se destino para muitos jovens nova-iorquinos.
Na Alemanha, traumatizada por uma enorme crise em 1923, o terreno para a ascensão de um sistema radical e nacionalista estava preparado. O historiador Eric Hobsbawn, em A Era dos Extremos, é enfático: a Grande Depressão transformou Adolf Hitler no senhor da Alemanha. O regime de Hitler, tal qual o de Mussolini na Itália, foi bem-sucedido ao modernizar seus parques industriais. Em 1935, a produção dos dois países já voltara ao nível de 1929. Enquanto isso, nações subdesenvolvidas precisaram se industrializar, já que suas economias agrárias de exportação foram para o ralo, como a do café brasileiro.
Nos Estados Unidos, as reformas de Roosevelt começavam a dar resultado. Os efeitos econômicos da Depressão só foram superados quase uma década mais tarde, com a eclosão da Segunda Guerra, que deu ao país a chance de aumentar sua produção.
Hoje, a recessão econômica dos Estados Unidos – que o Federal Reserve (o Banco Central do país) chegou a classificar como a pior desde 1929 – reforça o fantasma de uma nova crise mundial. As opiniões divergem. “No horizonte próximo, isso não acontecerá. O Fed está muito mais bem preparado que nos anos 20 e, no mercado de ações, já houve crises piores, como a de 1987”, diz Parker. “A crise é inerente ao sistema capitalista”, contesta Wagner Pereira. Edward Chancellor, em seu livro, diz que “no passado sempre se chegou a um ponto no qual tanto a especulação como o crédito atingiam os limites da expansão. Naquele momento, o ciclo econômico ressurge (...) e a nova era é relegada à história”. Mais cedo ou mais tarde, talvez tenhamos que apertar os cintos.

O pêndulo da recessão
Crises econômicas são comuns há séculos


1637 - Amsterdã - Tulipas
Potência, a Holanda vê seu otimismo refletido nas tulipas. As flores são encomendadas de maneira antecipada. Os preços disparam e todos querem investir. Na colheita, boatos de falta de compradores semeiam pânico.
1697 - Londres - Empresas marítimas
O comércio com as Índias e a caça a tesouros fomentam o surgimento de empresas. As ações de algumas delas sobem até 500%. Após a quebra, 70% das empresas inglesas e escocesas falem.
1825 - Londres - Metais preciosos da América Latina
Investidores voltam os olhos para minas de ouro. A especulação corre solta. A inadimplência de empresas latino-americanas que haviam tomado empréstimos ajuda a afundar o Reino Unido em recessão.
1990 - Tóquio - Mercado imobiliárioHá crescimento inédito do mercado acionário. Investir na Bolsa vira moda. A especulação imobiliária dá saltos largos. O Banco do Japão decide acabar com a festa e esquemas corruptos vêm à tona.

Crise do café
No Brasil, atos de desespero


“Meu filho, este ano você não vai ganhar presente. Estamos sem dinheiro.” Jayme Wright Jr., meu avô, tinha 5 anos quando escutou isso de sua mãe no Natal de 1931. No ano anterior, a família teve que vender jóias e dispensar empregados. A “vida faustosa” ficou apertada numa casa em Santos, onde o pai e o avô dele – meu trisavô, João Francisco Wright – eram exportadores de café, principal produto da economia brasileira. O crack de 1929 atingiu quem trabalhava com o tal “ouro verde”, já que os Estados Unidos eram nossos maiores consumidores e, quebrados, não tinham mais dinheiro para o café, que representava mais de 70% das nossas exportações. Mas o problema era anterior à crise. Desde o fim do século 19, o Brasil já enfrentava a superprodução, que diminuía o valor do café, sendo obrigado a estocar a fim de segurar os preços. A partir de 1925, as queimadas se tornaram comuns. Meu avô se lembra de ver aquilo no horizonte, sem entender direito. “Olhar essa foto é como ter um registro da queda da Bastilha”, compara, sem medo de exagerar, o arquiteto Aníbal de Almeida Fernandes, cujos avós também sofreram com a crise. Aristocratas da elite cafeeira de Vassouras, interior do Rio, Joaquim Rodrigues de Almeida e a família se mudaram para a fazenda Baguary, em Araraquara (SP), em 1890. Após viver a decadência de Vassouras, Joaquim ficou abalado com a crise do café que veio depois. Ele morreu melancólico em 1937 e, no ano seguinte, a família se desfez da propriedade. Meu trisavô precisou se desfazer da fazenda, em Guarantã (SP), vendeu carros e casa e pagou suas dívidas. Em 1933, sozinho no escritório, escreveu uma carta para a família e buscou um fim para seu tormento com um tiro que disparou no próprio peito. F.D.Post Scriptum
Perigo à vista?

Crise nos EUA não derrubaria o Brasil

A atual crise da economia americana trouxe o temor de uma tragédia como a de 1929. O economista Filipe Albert, graduado pela FEA-USP, especialista em Conjuntura Internacional da Consultoria Tendências, fala sobre impactos no Brasil, caso a crise se agrave.
História – O que aconteceria se houvesse uma recessão nos Estados Unidos do porte da de 1929?
Embora os Estados Unidos respondam hoje por 30% do PIB do mundo e sejam importantes parceiros comerciais de países em crescimento, como é o caso do Brasil, é possível dizer que haveria por aqui uma repercussão mais limitada do que a ocorrida da década de 30. Naquele tempo, o Brasil praticamente só exportava café e os americanos eram os principais compradores. Hoje, o Brasil tem uma pauta de exportação diversificada, com destaque para os produtos agrícolas, especialmente valorizados. O Brasil também diversificou seus parceiros comerciais, não está tão dependente dos Estados Unidos. É preciso dizer que, se não houvesse essa desaceleração por lá, o Brasil estaria ainda melhor do que se encontra.
História – A China, que registra crescimento significativo, teria a função de amortecer o impacto negativo de uma recessão nos Estados Unidos?
Isso já acontece. Esse país vem crescendo muito e tem comprado cada vez mais do Brasil. Na China, que também tem os Estados Unidos entre os principais parceiros comerciais, verifica-se, a exemplo do Brasil, uma diversificação da lista de parceiros comerciais. Dessa forma, o impacto da desaceleração americana por lá vem sendo, de certa maneira, diluído por causa de outros parceiros. E o volume de negócios fechados com o Brasil só vem aumentando. É que a China tem fome de desenvolvimento.
História – Qual seria o pior cenário para a economia americana?O cenário mais pessimista seria o de um credit crunch, ou seja, uma redução drástica do volume de crédito para empresas e consumidores. Isso levaria a uma paralisia da economia americana. Mas, ao contrário do que aconteceu há 79 anos, os bancos americanos têm conseguido apoio do capital estrangeiro, que injeta neles uma dinheirama e os ajuda a driblar a crise atual. Essa crise começou com uma bolha no setor imobiliário, quando empréstimos tomados por compradores não qualificados não foram pagos aos bancos e houve um calote generalizado. Entre as principais causas da Crise de 1929 estavam a especulação desenfreada, a proliferação de dívidas e a conseqüente quebra de instituições financeiras. São os mesmos fatores que estão na raiz da crise atual. A diferença é que os bancos americanos hoje têm sido salvos pelo capital estrangeiro, por meio dos chamados fundos soberanos, como o de Cingapura e o de Abu Dhabi, que é dos Emirados Árabes.

Saiba mais
LIVROS
24 de Outubro de 1929 – A Quebra da Bolsa de Nova York e a Grande Depressão, Wagner Pinheiro Pereira, Companhia Editora Nacional, 2006
Claro, direto e didático, é uma boa referência para quem quer entender o crack sem ter que saber “economês”.
Salve-se Quem Puder – Uma História da Especulação Financeira, Edward Chancellor (Cia. Das Letras, 2001)Tem o mérito de abordar a história econômica e ser uma leitura gostosa e empolgante ao tratar de várias crises financeiras – entre elas o crack de 29.

COLABORAÇÃO DE RAIMUNDO PEREIRA SOBRINHO



130409 - NOTÍCIAS DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

Aconteceu na manhã desse domingo, 12.04, nas dependências do salão paroquial, mais uma reunião da diretoria da Associação do Movimento Emancipatório de Ponta da Serra - AMEPS, onde foram tratados vários assuntos de interesse do movimento, especialmente, quanto a periodicidade das reuniões ordinárias e extraordinárias e a criação de um pequeno jornal para atender ás necessidades de uma maior divulgação das ações do movimento A próxima reunião ficou marcada para o 4º domingo de abril ( 26.04), e deverá ser aberta a todos os membros da associação, como também, a toda a comunidade.
Deve-se salientar que o Congresso Nacional tem, neste mês de abril, o último prazo estipulado pelo Supremo Tribunal Federal para decidir a questão das emancipações de distritos no País.
Como se sabe, no final do ano passado foi aprovado o Substitutivo ao Projeto de Lei do Senado Nº 98, de 2002, que regulamenta o procedimento para a criação, a incorporação, a fusão e desmembramento de municípios, restando à Câmara Federal dar o seu parecer, o que ainda não aconteceu.
Dentre os critérios exigidos, destacamos o que se julga ser o principal, que é de sete mil habitantes para a região Nordeste. Nesse sentido, deve-se salientar que o Distrito de Ponta da Serra, em 2000, já possuía 8.234 habitantes (IBGE CENSO 2000, SIDRA).

sábado, 11 de abril de 2009

LADO A LADO


11 Abril 2009

Lado a Lado


Encosto ou não encosto? Só o joelho. O que pode acontecer? Ela dizer “Mr. Lula, please!” Aí eu recolho o joelho, peço desculpas, “aimsórri, aimsórri” e pronto. Se eu soubesse falar inglês, explicaria. Sabe o que é, Elizabeth? Eu estava aqui pensando: quando é que, lá em Pernambuco, eu ia imaginar que um dia estaria sentado ao lado da rainha da Inglaterra? Não sei quem é que me botou aqui para tirar esta fotografia dos G-20. Não acho que tenha sido um pedido seu, “Quero o bonitinho de barba à minha esquerda”. Claro que não. Mas o fato é que estou aqui e o tal do Barack está aí atrás em algum lugar, de pé e se perguntado o que eu tenho que ele não tem. O Sarkozy, com aquele tamanho todo, não deve nem estar aparecendo. Ficou atrás da Merkel e não vai sair na foto. E eu aqui ao seu lado, na primeira fila. Isto significa muito, viu Elizabeth? Lá na minha terra vai ter gente se mordendo de raiva, exalando preconceito por todos os poros. Onde já se viu, aquele retirante nordestino que nem fala direito, sentado à esquerda da rainha da Inglaterra?Quando eu me elegi muita gente ficou horrorizada: como é que vai ser quando ele, um torneiro mecânico, tiver que nos representar num jantar oferecido, por exemplo, pela coroa inglesa? Vai ser servido na cozinha, para não dar vexame na escolha dos talheres. E aqui estou eu, sentado ao lado – com todo o respeito – da coroa inglesa em pessoa.Se foi o protocolo que me botou aqui, ele acertou, viu Beth? Você - queira ou não - não é só a rainha dos ingleses; é, simbolicamente, a rainha de todos os loiros de olhos azuis do mundo, incluindo o tal do Barack; de todos os bandidos que causaram esta crise e hoje nos infernizam a vida. E, de certo modo, eu sou o seu oposto. Sou uma espécie de rei republicano dos não-loiros do mundo – ou pelo menos deve ter sido essa a idéia do protocolo aos nos botar lado a lado. Todos os outros chefes de Estado desta fotografia seriam dispensáveis. A foto poderia ser só de nós dois e estariam todos representados. E isto significa outra coisa também, viu Beth? Eu não me contentei em ter nascido na miséria, no Nordeste, e quis mais. Não me contentei em ser um torneiro mecânico em São Paulo e quis mais. Não me contentei em ser um líder sindical e quis mais. Não me contentei em perder eleição atrás de eleição, insisti e acabei presidente. E reeleito.Agora estou aqui, lado a lado com a rainha da Inglaterra, num dos pontos mais altos da minha carreira, e também quero mais. Por isso minha perna se moveu e meu joelho encostou no seu. De certa forma, o movimento da minha perna foi o passo final da caminhada que começou em Pernambuco, tantos anos atrás. Já que, ao contrário de você, Beth, não posso ficar no poder para sempre.


Autor: Luis Fernando Veríssimo -


Postagem: José Nilton Mariano Saraiva


EXTRAIDO DO BLOG DO CRATO

sexta-feira, 10 de abril de 2009

10.04.09 - NOTÍCIAS DE PONTA DA SERRA

PAIXÃO E MORTE DE JESUS CRISTO



A Malungo Produções em parceria com o Centro Cultural do Banco do Nordeste, Coletivo Malungo e Projeto Verde Vida apresentou hoje, dia 10, às 19:30 no Largo da Matriz em Ponta da Serra o curta “ Paixão e Morte de Jesus Cristo”. Deve-se salientar que este filme foi produzido pelos professores e alunos do Ginásio Professor José Bizerra de Britto no ano de 1992. A igreja matriz, as ruas mons, Assis Feitosa e José Augusto Siebra e o Cruzeiro na Serra do Juá, serviram de cenário para o filme.
Elenco:
Jesus > Valtércio Holanda Valdevino
Maria > Vanessa Gomes
Herodes > Aroldo Souza
Caifaz > Luiz Aldo Domingos
Madalena > Cristiane Brasil
Smão Sirineu > Eldo Ferreira Leite, já falecido
Centurião > Roberval Correia
Outras participações:
Plácido, Antonio Dionísio, José Nazário, Raimundo Filho, e outros

100409 - NOTÍCIAS DE PONTA DA SERRA

MORRE O MUDO DE "DESTAMPA"

A comunidade de Ponta da Serra acordou hoje, dia10, sexta feira da paixão consternada com a notícia da morte do jovem Jose Neto Alves Moreira, conhecido por todos como “ O Mudo de Destampa”, vítima de acidente automobilístico. O fato se deu na Rodovia do Algodão, entre a nossa sede e a Vila Rodeador, seu trajeto de todos os dias. A missa de corpo presente e o seu sepultamento se deu hoje, às 16 hs., aqui mesmo em Ponta da Serra, onde ele nasceu e seu criou e era muito querido por todos, prova disso foi o concorrido enterro conforme se observa na foto acima. A s nossa condolências à família enlutada.

100409 - NOTÍCIAS DO BRASIL

Obama é o cara

O encontro do G-20 em Londres foi muito positivo para o Brasil, um dos países que mais brigaram para que o G-8 fosse ampliado e passasse a dar ouvidos a economias emergentes antes ignoradas.

O G-20 reúne as 20 maiores economias --responsáveis por cerca de 80% da produção planetária. O G-8 é o grupo dos sete países mais industrializados mais a Rússia, uma potência militar.
É inegável o mérito da política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no sentido de pressionar os países mais ricos a levar em conta o que pensam as nações em desenvolvimento e as mais pobres.
Lula abandonou a retórica do coitadinho. Mesmo sob críticas internas de mania de grandeza, agiu como líder de um país de peso. Fez concessões aos mais pobres e críticas aos mais ricos.
Os exemplos são muitos. Há a missão brasileira no Haiti a serviço da ONU (Organização das Nações Unidas). O Brasil estreitou laços com países africanos e árabes. Assumiu posições ousadas nas negociações da emperrada rodada Doha. Não adotou tom imperialista com a Bolívia. Mediou com maturidade o esquerdismo infantil de Hugo Chávez, mas também soube reconhecer méritos do governo venezuelano e apontar equívocos dos EUA.
Juntando tudo isso, não é pouca coisa.
Os elogios de Barack Obama a Lula foram reconhecimento da maior importância que o Brasil ganhou nos últimos anos.
No Brasil, as leituras do vídeo em que Obama chama Lula de "meu chapa" foram do ufanismo ao desprezo. Ora, o homem mais poderoso do planeta, um craque em marketing como Lula, sabe muito bem o peso das palavras e das imagens.
Para Obama, Lula "é o cara" que será um parceiro importante para a política externa de Washington na América Latina e nos grandes fóruns mundiais, como ONU e G-20.
Corretamente, bastante já foi dito sobre Obama ser o primeiro presidente americano a não se relacionar com o resto do mundo com aquele ar de imperador romano. Os sinais cordiais para as nações islâmicas, a abertura para se relacionar com Cuba e o evidente gesto de apreço por Lula mostram que ele pode, sim, liderar uma mudança positiva no planeta.
Dá esperança de que um outro mundo é realmente possível. E vale a pena torcer por isso, sem ingenuidade e ciente de que grandes transformações podem levar tempo. Mais: os desafios do presidente americano são enormes, da crise econômica mundial a duas guerras complicadas. Apesar do necessário ceticismo em relação à capacidade de uma só pessoa fazer a diferença, Obama é o cara certo no lugar certo na hora certa.

E-mail: kennedy.alencar@grupofolha.com.br

100409 - NOTÍCIAS DO BRASIL

Reuters - 09/04/2009 17:42

Brasil integrará grupo de credores do FMI

Por Isabel Versiani e Ana Nicolaci da Costa


BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil foi convidado, e aceitou, fazer parte do grupo de países membros do Fundo Monetário Internacional (FMI) que financiam regularmente as operações do organismo, informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira.
A iniciativa, antecipada pela Reuters nesta tarde, mostra o reconhecimento da solidez do país, segundo Mantega. Serão colocados à disposição do Fundo 4,5 bilhões de dólares, valor equivalente à cota do Brasil no organismo, mas o ministro acha que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante.
"Eu estou aceitando esse convite do fundo", disse Mantega em rápida entrevista à imprensa. "Para nós é importante, nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir com recursos para financiar outros países."
Mantega esclareceu que a entrada no chamado plano de transações financeiras do FMI não anula a decisão do Brasil de fazer um aporte adicional ao organismo, como parte de um esforço internacional para elevar a capacidade de financiamento do fundo em meio à crise global.
Uma fonte do governo confirmou à Reuters que esse aporte adicional do Brasil deverá ficar em torno de 10 bilhões de dólares. Mantega, contudo, afirmou que a decisão do montante só será tomada depois que o FMI definir o mecanismo para receber esses aportes, o que deve ocorrer, segundo ele, em duas a três semanas.
Segundo Mantega, o FMI criará um título específico a ser adquirido pelos países dispostos a fazer contribuições adicionais. Dessa forma, os financiamentos não impactarão o volume das reservas desses países.
"Agora estamos só entrando no clube de credores do FMI", disse Mantega.
As contribuições do Brasil ao fundo do plano de transações financeiras do FMI não reduzirão, tampouco, as reservas, mas apenas alterarão sua composição.
"A redução nas reservas em moedas de liquidez internacional resultante da transferência de recursos para utilização pelo Fundo é compensada por um aumento no mesmo valor nas obrigações do Fundo em relação a esse país", afirmou o Ministério da Fazenda em nota à imprensa.
O Brasil já integrou o plano de transações financeiras do FMI nos anos 80. A volta do país ao mecanismo --do qual atualmente 47 dos 185 membros fazem parte-- deverá ser formalizada até o final deste mês, segundo a Fazenda.

(Edição de Aluísio Alves)

FONTE: FOLHA ONLINE

quarta-feira, 8 de abril de 2009

090409 - NOTÍCIAS DA PREFEITURA DO CRATO

Operação de Recuperação de ruas começa em Crato

A Prefeitura Municipal do Crato está realizando um trabalho de recuperação das ruas e avenidas na cidade. O trabalho foi iniciado, mesmo com as chuvas, no intuito de minimizar os transtornos causados aos condutores. Ruas como a São Sebastião, na Caixa D'água, e a Avenida Pericentral estão sendo beneficiadas com o trabalho. Uma das grandes preocupações da atual administração tem sido com as boas condições de tráfego nas ruas do município, investindo em projetos de recuperação e asfaltamento, possibilitando um redimensionamento do espaço de tráfego de veículos por toda a cidade, inclusive nos bairros com asfaltamento de vias de maior tráfego.

VEJA OUTRAS INFORMAÇÕES DA PREFEITURA DO CRATO ACESSANDO

www.prefeituramunicipaldocrato.blogspot.com

090409 - NOTCIAS DO PROJETO VERDE VIDA


REISADO NA MEMÓRIA E NO PÉ

Prosseguindo as atividades iniciadas no segundo semestre de 2008, voltadas para o resgate e valorização das manifestações da cultura popular, além da inserção de crianças e jovens no universo da produção cultural, a Ong Verde Vida vem realizando um importante trabalho, especificamente no que diz respeito ao fomento a criação de grupos artísticos de dança contemporânea e regional. O cotidiano da região do cariri do ceará é singular no tocante as manifestações da cultura popular. Comparada a um caldeirão que ferve perenemente, as danças tradicionais são encontradas nas áreas periféricas e mais afastadas da cidade do Crato. Podemos citar como exemplos as mulheres do Coco da Batateira, Coco do Sítio Quebra, bandas cabaçais e diversos grupos de reisados. Todos esses grupos constituídos em sua grande maioria por agricultoras e agricultores, encaram a cultura popular como um fazer cotidiano. Nesse sentido as manifestações realizadas por esses grupos resultam da maneira como enxergam as suas realidades e as objetivam em práticas culturais cotidianas. Pretendendo entender como ocorre esse fazer no dia a dia da cultura popular, o grupo de dança regional do projeto Verde Vida acatou desde o mês de fevereiro a proposta de vivenciar junto a algumas mestras e mestre da tradição popular em dança, como esta se realiza nas comunidades sedes dos grupos. O grupo de dança regional já vem se especializando desde o final do ano passado na dança de Reisado, e agora se fundamenta através de pesquisa em torno da oralidade, como o Mestre Aldenir mantém essa tradição desde que se iniciou no Reisado na década de 50. A nossa captação do conhecimento passado pelo Mestre Aldenir aos seus fiéis seguidores que são em grande parte filhos, netos e vizinhos , se realiza por meio de visitas à casa do Mestre, e também do encontro deste último com as meninas que fazem parte do grupo de dança no espaço da ong, localizado no Sítio Catingueira. As rodas de conversas com o Mestre têm proporcionado experiências sem precendentes para as dançarinas do Reisado Feminino Cova da Nêga do projeto Verde Vida. Nesses encontros as garotas escutam diretamente do Mestre como tudo começou em sua vida como brincante de reisado, as dificuldades enfrentadas na sua trajetória e a maneira como vem passando até hoje o seu saber popular. Outra experiência que o Reisado Cova da Nêga vivencia é a luta de espadas, parte integrante da dança de reisado. O nome do reisado feminino do projeto Verde Vida surgiu de uma homenagem realizada pelo próprio grupo a uma moça, negra, que no tempo da escravidão teria desobedecido a regras impostas por seus donos e como pagamento teve a morte. Essa história pode ser contada de forma mais detalhada por uma das integrantes do grupo:

Antigamente na Catingueira havia um fazendeiro que tinha uma escrava, ela nunca saía, só saía escondida e ia haver um casamento na região, então ela foi ao casamento, ela se divertiu muito e acabou dormindo na cuminheira da casa, e veio a onça e sangrou ela e saiu arrastando até o alto da ladeira que é denominada hoje como ‘ladeira da cova da nêga’, onde hoje existe uma pequena capela”.
(Marineide Alves)


Essa primeira parte de vivências com o Mestre Aldenir já está sendo realizada, e dando continuidade ao projeto de Rodas de Conversas com as mestras e mestres da cultura popular, a próxima etapa acontecerá com o grupo de Dança do Coco do Sítio Quebra. Dessa forma, é acreditando no conhecimento e valorização pelas crianças e adolescentes acerca das manifestações da cultura popular que a ong Verde Vida estimula vivências com as mestras e mestres, na tentativa de contribuir para o não apagamento dessas riquíssimas tradições que fazem parte do legado cultural do povo caririense.

Ridalvo Felix de Araujo

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segunda-feira, 6 de abril de 2009

06.04.09 - ABERTURA

O Blog ora criado tem por objetivo divulgar fatos históricos e jornalísticos relevantes que possam constribuir na formação de todo ou qualquer cidadão que venha acessar este humilde site.