sábado, 23 de outubro de 2010
Frei Betto: Dilma e a fé cristã
Frei Betto responsabiliza Igreja por ter introduzido "vírus oportunista" na campanha
23/10/2010 - 20h00
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Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, 66, afirma que a forma como são abordados religião e aborto nesta campanha está "plantando no Brasil as sementes de um possível fundamentalismo religioso".
O frade dominicano responsabiliza a própria Igreja Católica por introduzir um "vírus oportunista" na disputa eleitoral.
E define como "oportunistas desesperados" os bispos da Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo) que assinaram no fim de agosto uma nota, depois tornada panfleto, recomendando aos fieis não votar em candidatos do PT.
Em entrevista à Folha, o religioso analisa que os temas ganharam espaço na agenda porque "lidam com o emocional do brasileiro". "Na América Latina, a porta da razão é o coração, e a chave do coração é a religião. A religião tem um peso muito grande na concepção de mundo, de vida, de pessoa, que a população elabora."
Amigo do presidente Lula, de quem foi assessor entre 2003 e 2004 e a quem depois manteve apoio crítico, e eleitor de Dilma Rousseff, Frei Betto defende que as políticas sociais do atual governo evitaram milhões de mortes de crianças e, por isso, discuti-las é mais importante do que debater o aborto.
Mas nunca deixei de dar o meu apoio, embora tenha escrito dois livros de análise do governo, mostrando os lados positivos e as críticas que tenho, que foram "A mosca azul" e "O calendário do poder", ambos publicados pela Rocco. Desde o início do processo eleitoral, embora seja amigo e admire muito a Marina Silva, no início até pensei que Dilma venceria com facilidade e que poderia apoiá-la [Marina], mas depois decidi apoiar a candidata do PT.
Agora o que uma parcela conservadora da Igreja se esquece é que políticas sociais evitam milhões de abortos. Porque as mulheres, quando fazem, é por insegurança, frente a um futuro incerto, de miséria, de seus filhos. Esses 7,5 anos do governo Lula certamente permitiram que milhares de mulheres que teriam pensado em aborto assumissem a gravidez. Tiveram seus filhos porque se sentem amparadas por uma certa distribuição de renda que efetivamente ocorreu no governo Lula, tirando milhões de pessoas da miséria.
O próprio aborto é decorrência, na maior parte, das próprias condições sociais de uma parcela considerável da população.
Se você me perguntasse antes da campanha sobre a posição religiosa do Serra, eu diria: não sei. Mas considero uma pessoa muito sensata, que respeita crenças religiosas, a tolerância religiosa, a liberdade religiosa. Nesse ponto os dois candidatos coincidem.
Agora, a minha concepção de Deus é que Deus se manifesta no ser humano. Então toda vez que alguém viola o ser humano, violenta, oprime, está realizando o ateísmo militante. Ateus que reivindicam o fim dos crucifixos em lugares públicos, o nome de Deus na Constituição --isso não é ateísmo militante, isso é laicismo, que eu apoio. O ateísmo militante para mim é profanar o templo vivo de Deus, que é o ser humano.
Tiraram do contexto, não entenderam...
Cuba ocupa o 51º no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, que é insuspeito. O Brasil, o 75º.
FONTE: www1.folha.uol.com.b
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
As bases do Brasil que nasce
Delúbio Soares
- Na primeira metade do século passado o presidente Getúlio Vargas lançou as bases sólidas para o desenvolvimento nacional. Começou com a garantia dos direitos trabalhistas e sociais para nossos trabalhadores. Em seguida, iniciou a construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN),
Dos anos 60 até hoje, com o advento do golpe militar de 64, o “Brasil grande” nos anos de chumbo do “ame-o ou deixe-o”, o experimento neoliberal do governo FHC com a privatização danosa de muitas de nossas maiores empresas, os brasileiros viveram de salto em sobressalto, assistindo ora o sucateamento de sua infra-estrutura nacional, ora o afunilamento de seu processo produtivo por falta de uma infra-estrutura maior e mais adequada.
Agora, após os anos vitoriosos do governo Lula, o país deu importantes passos na consolidação de um processo indispensável e vigoroso, qual seja o de dotar-se dos instrumentos necessários para fazer frente à realidade social e econômica que agora vivemos.
Nossos aeroportos estão a cada dia menores, já não atendendo as necessidades de uma sociedade que passou a voar mais, muito mais, lotando aviões e abrigando novas empresas aéreas, por conta da melhor distribuição de renda e de nova realidade salarial, com o acesso das classes “D” e “E” ao transporte aéreo. Sem esquecer-nos dos terminais cargueiros, que já estão a um passo de não dar conta do imenso fluxo de carga tanto nacional quanto internacional que abarrota nosso sistema aeroportuário. Cidades do interior como Maringá, Ribeirão Preto, Juazeiro do Norte ou Uberlândia, passaram a ter movimento aéreo igual a de muitas capitais, fomentando o turismo, as viagens de negócio e o transporte de carga. São vários os aeroportos regionais que se preparam para sediar rotas internacionais. Cidades como Goiânia, capital da sétima economia nacional, carecem urgentemente de solução na questão aeroportuária, com movimento crescente de novos vôos a cada dia e milhares de novos passageiros incorporados ao transporte aéreo. O Brasil corre atrás de suprir tais necessidades, fazendo frente à utilização crescente de nossos terminais de passageiros e de cargas, com a reforma e ampliação dos aeroportos existentes e a construção de novos por todo o território nacional.
Nos portos a situação não é diferente. De Rio Grande, no extremo sul do país, até os terminais de Itaqui, no Maranhão, e nos portos fluviais do Pará e do Amazonas, nunca nossos terminais marítimos jamais tiveram tanta utilização ou experimentaram movimentação de produtos semelhante. Mesmo portos expressivos e bem aparelhados como os de Santos, Paranaguá e os vários terminais de Vitória, no Espírito Santo, experimentam filas de espera de navios, algumas excepcionalmente longas, demonstrando tanto a pujança de nossa economia quanto a necessidade de ampliação da capacidade de nossos portos. Não tenho nenhuma dúvida de que toda e qualquer ampliação, remodelação ou construção na área portuária, será sempre uma solução para tempo relativamente curto, já que o crescimento econômico – aí medido tanto pelas exportações quanto pelas importações – irá sempre determinar mais obras e alentadas realizações.
O governo Lula recuperou a maior parte de nossa malha rodoviária, absolutamente acabada nos anos do governo passado, quando milhares de vidas foram ceifadas em nossas rodovias federais, nossas safras experimentaram perdas, nossos produtores purgaram imensos prejuízos e o transporte de passageiros havia se transformado em algo lento e caro. Ao contrário dos governos do PSDB, que buscam resolver tão delicada equação com a pura e simples privatização das estradas, com a penalização dos usuários com os pedágios mais caros do mundo, o governo Lula preferiu investir na reconstrução de nossas rodovias, melhorando sua segurança, dotando-as de condições de tráfego e as modernizando. Tem sido um trabalho duro e custoso, mas seus primeiros resultados já podem ser sentidos em todo o território nacional. Bem diferente do governo passado, onde famílias choraram seus entes mortos em acidentes pavorosos e a economia amargou perdas imensas por culpa de estradas que não ofereciam a menor condição de tráfego pesado ou escoamento da produção.
Estamos vivendo um país que se defronta com a imensa necessidade de prover o seu crescimento com uma base estrutural que vai desde as estradas aos aeroportos, passando por nossos portos e pela reativação de nossas ferrovias. E nesse item, particularmente, o governo Lula tem sido dos mais vigilantes, com o avanço da ferrovia Norte-Sul e o início das obras da Leste-Oeste, cruzando o território nacional desde o litoral baiano até o interior do meu Estado de Goiás, sem falar nas obras da Transnordestina, cujo traçado rasgará o sertão, disseminando o progresso e criando um novo eixo produtivo numa das regiões mais beneficiadas ao longo dos dois mandatos vitoriosos do presidente Lula.
O trem-bala, ligando o Rio de Janeiro à Campinas, com passagem pelo interior fluminense, Vale do Paraíba e a capital paulistana, será a consolidação do transporte ferroviário como nova opção de transporte em nosso país. O projeto, as fontes de financiamento, os consórcios que se formam para disputar sua construção e operação, são fruto de decisão política e da clarividência do governo Lula e de sua gestão econômica, equilibrada e vitoriosa.
O Brasil que o presidente Lula deixará para a presidenta Dilma é o oposto do Brasil que ele recebeu de FHC. É um país ganhador, confiante, determinado a vencer as poucas barreiras que ainda o separam do primeiro mundo. As bases para o Brasil do futuro, que Getúlio lançou nos anos 40 e 50, Lula as reformulou e concretizou mais de meio século depois. Caberá à Dilma Roussef, gestora competente e visionária, a tarefa de dar o salto qualitativo que experimentamos nos anos douradores do inesquecível JK.
(*) Delúbio Soares é professor
terça-feira, 19 de outubro de 2010
'Dilma não tem medo de nada', diz Chico Buarque - 19/10/2010 - 00h24
Pego de surpresa, o cantor e compositor Chico Buarque discursou no encontro de artistas e intelectuais em apoio à candidata Dilma Rousseff (PT) no teatro Oi Casa Grande, na zona sul do Rio. Ele sentou ao lado da petista na mesa principal do palco.
Ele estava ao lado de Leonardo Boff, enquanto este discursava. Mas ao ser convidado a falar pelo teólogo, disse que esperava apenas ficar ao lado, "que nem papagaio de pirata". Ele foi um dos artistas que assinaram primeiro o manifesto em apoio à petista.
+ NOTÍCIAS SOBRE AS ELEIÇÕES
§ "Não seremos Estados Unidos da América do Sul", diz Dilma
§ Veja a agenda de Dilma e Serra para este terça-feira
§ No Rio, ministro da Saúde diz que aborto 'é um problema de saúde pública'
§ Veja os programas de Dilma e Serra exibidos na noite desta segunda-feira
FONTE FOLHA UOL
Dilma tem 51% das intenções de voto e Serra, 39%, diz Vox Populi - 19/10/2010 - 10h44
DA REUTERS
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, tem 51% das intenções de voto, contra 39% de seu adversário, José Serra (PSDB), segundo pesquisa Vox Populi divulgada nesta terça-feira pelo portal IG.
De acordo com o Vox Populi, 4% dos entrevistados se declararam indecisos. Na pesquisa anterior do instituto, realizada nos dias 10 e 11 de outubro, Dilma tinha 48%, contra 40% de Serra. Os indecisos somavam 6%.
Se considerados somente os votos válidos --que excluem os brancos, nulos e indecisos--, Dilma tem 57%, contra 43% de Serra. Na sondagem anterior, a petista aparecia com 54% dos válidos, ante 46% do tucano.
O levantamento do Vox Populi analisou ainda o voto religioso. Conforme o instituto, Serra tem 44% das intenções de voto entre o eleitorado evangélico, ante 42% de Dilma. Entre os entrevistados que se declararam ateus, Dilma tem 49%, ante 36% de Serra.
Dilma também aparece à frente de Serra entre os eleitores que se disseram católicos praticantes (54% contra 37%) e não praticantes (55% contra 37%).
O voto religioso foi apontado como um dos fatores que impediram a vitória de Dilma já no primeiro turno da eleição presidencial em 3 de outubro.
O motivo seria uma rejeição dessa classe do eleitorado à suposta posição de Dilma favorável à descriminalização do aborto. Pressionada por setores religiosos, ela assinou uma carta na semana passada se comprometendo a não alterar a legislação existente sobre o aborto.
Segundo o Vox Populi, 89% dos entrevistados declararam estarem decididos sobre em quem votarão no dia 31 de outubro, enquanto 9% afirmaram que ainda podem trocar de candidato. A consolidação é maior entre os eleitores de Dilma, 93%, enquanto entre os de Serra 89% estão decididos.
A pesquisa, realizada entre os dias 15 e 17 de outubro, tem margem de erro de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos. O instituto ouviu 3.000 pessoas para o levantamento, registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 36.193/10.
domingo, 17 de outubro de 2010
O tucano Jose Serra, candidato a Presidente do Brasil, jogou toda sua história no lixo.
Na época da ditadura enquanto milhares de jovens lutavam pela liberdade, José Serra foi se exilar no Chile. Dilma, ao contrário, ficou e lutou. Foi presa, sofreu ameaças, dores, torturas e demais atrocidades no cárcere.
Já Serra sofria estava no exterior, diz ele, de saudade. Ainda assim, compactuou com uma atrocidade. Sua esposa, grávida, por dificuldades financeiras, decidiu fazer um aborto, como relata uma ex-aluna sua. Hoje ela acusa Dilma de matar crianças. Mas não foi Mônica quem cometeu este ato, segundo dizem os jornais?
O que eu não consigo entender é como Serra, que também lutou contra a ditadura, tem a coragem de dizer que a Dilma é terrorista e como ele teve a coragem e a desumanidade de trazer ao debate político temas como o aborto, sendo que ele mesmo foi cúmplice de um. Sua história está realmente indo para o lixo.
Dutra diz que pesquisas internas mostram recuperação de Dilma
outubro 17th, 2010 | Autor: Jussara Seixas
BRASÍLIA – Em meio a pesquisas de intenção de voto que mostram um estreitamento da diferença entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que as pesquisas internas de acompanhamento diário da campanha, encomendadas ao Ibope e Vox Populi, indicam uma retomada do crescimento da candidata petista. Segundo Dutra, esse rastreamento mostrou o pior resultado para Dilma na segunda-feira, quando a diferença com o tucano José Serra caiu para 5 pontos. Nesta sexta-feira, disse, a diferença foi ampliada para 10 pontos.
O padre de Canindé e os vendilhões do templo
Enviado por luisnassif, sab, 16/10/2010 - 20:37
Por Nirmal
"Muita confusão durante a missa que José Serra (PSDB) acompanhou em Canindé (
O repórter Ítalo Coriolano (O POVO) informou que, durante a missa, o padre Francisco mostrou panfleto com ataques da campanha de Serra a Dilma Rousseff (PT) e criticou a postura. Instaurou-se, então, uma enorme confusão.
Tasso Jereissati (PSDB) foi tomar satisfações com o padre, a quem chamou de petista."
Logo no começo da missa, o padre Francisco, que celebrava a cerimônia, começou a se queixar. Disse que quem estava lá para causar tumulto se retirasse, porque o povo lá estava para ouvir São Francisco, e não políticos.
Serra e Tasso estavam na plateia, em local de destaque.
Já no fim da missa, o padre mostrou panfleto de Serra com críticas a Dilma em temas relativos a religiosidade. E disse que ninguém podia falar em nome da Igreja e que aquela não era a posição da Igreja.
Tasso, que estava na frente, não se conteve e partiu para cima do padre, chamando-o de petista. Foi contido por assessora e por sua mulher, dona Renata.
Do lado de fora, manifestantes tucanos e petistas se enfrentaram.
Jornal O Povo
Por silviort
16/10/2010 - 18h35Visita de Serra a missa no Ceará termina em tumulto
FÁBIO GUIBU
ENVIADO ESPECIAL A CANINDÉ (CE)
Terminou em tumulto a visita do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, a uma missa na festa de São Francisco, em Canindé, interior do Ceará, na tarde deste sábado. A festa é o maior evento religioso da cidade.
Havia militantes com bandeiras do PT e de Serra. No final da missa, houve corre-corre e o tucano chegou a ser empurrado, mas não se feriu.
Os ânimos foram inflamados por declarações do frade que celebrou a missa, cujo nome não foi informado.
Ele reclamou da chegada de Serra quando a cerimônia já estava em andamento e declarou, na presença do tucano, que a igreja não autoriza a divulgação de panfletos associando a presidenciável petista Dilma Rousseff à defesa do aborto.
"PROFANAÇÃO"
Quando chegou ao local da festa, Serra foi vaiado por cerca de cem militantes petistas que, segundo a Guarda Municipal, faziam um bandeiraço em frente à catedral.
Ao entrar na missa, em um galpão atrás da catedral, Serra e comitiva sentaram nas primeiras fileiras, provocando uma pequena confusão, o que irritou o frade.
"Gostaria que a missa não fosse tumultuada com os políticos que aqui chegaram, por favor", disse ele.
Durante a missa, o frade disse que não se referia a "A" ou a "B", mas àqueles que estavam conversando. "Se vieram com outra intenção, peço que saiam assim como entraram", disse. "Isso é uma profanação", afirmou.
Perto do fim da missa, o frade exibiu um panfleto que, segundo ele, atacava Dilma. "Acusam a candidata do PT em nome da igreja. Não é verdade", disse o frade.
O plateia aplaudiu. "Não está autorizada essa coisa. A igreja não está autorizando essas coisas", repetiu ele.
No final da missa começaram a chegar ao local militantes com bandeiras de Serra _e foi quando houve o tumulto com a militância petista. Serra não quis comentar as declarações do frade.
Seguranças da igreja não permitiram que a imprensa se aproximasse do religioso.
"TENHO UMA MOLA"
Antes da missa, Serra havia se reunido com políticos locais. "Tenho sofrido nesta campanha ataques, mentiras de profissionais da mentira que nunca imaginei na minha vida", discursou, sem explicar ao que se referia.
"Não fosse a minha vida, meu testemunho que sempre dei de correção na vida pública, eu ficaria abalado. No caso, agora, faço o contrário. Tenho uma mola. No momento que batem, eu subo.
FONTE: http://www.advivo.com.br
Ex-aluna diz que Monica Serra contou ter feito aborto - 16 de outubro de 2010 12:39
ybr_ce
Por Redação Yahoo! Brasil
Reportagem do jornal "Folha de São Paulo", publicada neste sábado (16), afirma que duas ex-alunas da esposa do presidenciável José Serra (PSDB) no curso de dança da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) disseram que ouviram da psicóloga Monica Serra que ela fez um aborto quando estava no exílio com o marido, no Chile. A revelação teria sido feita durante uma aula, em 1992.
Em um evento no Rio de Janeiro, há um mês, Monica teria dito a um evangélico, segundo a Agência Estado, que a candidata Dilma Rousseff (PT), que defendeu a descriminalização do aborto em 2007, é a favor de "matar criancinhas".
No último domingo (10), a bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, 37, postou uma mensagem no site Facebook para "deixar a minha indignação pelo posicionamento escorregadio de José Serra" em relação ao tema aborto. Ela escreveu que Serra não respeitava "tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. "Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o seu aborto traumático", escreveu Sheila. Procurada pela reportagem da Folha, a bailarina diz que "confirma cem por cento" tudo o que escreveu.
O jornal localizou uma segunda aluna de Monica, que falou sob anonimato. Ela afirma que a psicóloga contou em aula que fez o aborto por causa da ditadura, pois o futuro dela e de José Serra era muito incerto.
A reportagem do jornal afirma que tentou falar com Monica durante dois dias, mas sua assessoria disse que "não havia como responder".
FONTE: http://br.eleicoes.yahoo.net/noticias
panfletos contra Dilma: católicos ou tucanos? Exclusivo: dona da gráfica é do PSDB!
Já passava das 2 da manhã desse domingo. Na porta da gráfica Pana, no Cambuci, um grupo de
Na internet, durante a madrugada, outro plantão rolava: tuiteiros, blogueiros e leitores de todo o Brasil buscavam informações sobre os donos da gráfica, e sobre as possíveis conexões deles com o mundo político.
Stanley Burburinho (ele mesmo!) e Carlos Teixeira fizeram o trabalho. Troquei com eles algumas dezenas de mensagens. E essa apuração colaborativa levou à descoberta: uma das sócias da gráfica Pana é filiada ao PSDB, desde 1991!
Trata-se de Arlety Satiko Kobayashi, vinculada ao diretório da Bela Vista - região central de São Paulo. Nenhum problema com a filiação de Arlety ao partido que bem entender. O problema é que a gráfica dela foi usada para imprimir panfletos aparentemente encomendados por um bispo, mas que “coincidentemente”, favorecem ao candidato do partido dela.
Aqui, o contrato social da empresa – onde Arlety Kobayashi aparece como uma das sócias:contrato_social_grafica_pana[1]
E aqui a lista de filados do PSDB, onde ela aparece no diretório zonal da Bela Vista.
Mais um detalhe: Arlety é também funcionária pública, tem cargo na Assembléia Legislativa de São Paulo. E tem um sobrenome com história entre os tucanos: Kobayashi. Paulo Kobayashi ajudou a fundar o partido, ao lado de Covas, foi vereador e deputado por São Paulo.
Arlety aparece como doadora da campanha de Victor Kobayashi ao cargo de vereador, em 2008. Victor concorreu pelo PSDB.
A conexão está clara. Os tucanos precisam explicar:
- por que o panfleto com calúnias contra Dilma foi impresso na gráfica de uma militante do PSDB?
- quem pagou: o bispo de Guarulhos, algum partido, ou a Igreja?
- onde seriam distribuídos os panfletos?
- onde estão os outros milhares de panfletos?
Os panfletos do Cambuci são mais uma prova da conexão nefasta que, nesa eleição, aproximou os tucanos da direita religiosa – jogando no lixo a história de Covas, Montoro e tantos outros que lutaram para criar um partido “moderno”, que renovasse os costumes políticos do país. Serra lançou esse passado no esgoto – e promoveu uma campanha movida a furor religioso.
Mas não é só isso!
Se Arlety Kobayashi (uma tucana) é a responsável pela impressão dos panfletos, na outra ponta quem é o sujeito que encomendou tudo?
O Blog “NaMaria” traz a investigação completa, que aponta Kelmon Luis da S. Souza como o autor da “encomenda”. Ele teria ligações com movimentos integralistas e monarquistas!
O Blog do Nassif , por sua vez, mostra que as conexões poderiam chegar até bem perto de Índio da Costa (DEM), o vice de Serra. Ele, em algum momento, também teve proximidade com monarquistas. Mas esse detalhe ainda não está bem esclarecido.
De toda forma, o círculo se fecha: tucanos, demos e a extrema-direita (católica, integralista ou monarquista). Todos unificados numa barafunda eleitoral que arrastou nomes de bispos para a delegacia, e nomes de políticos para o rol daqueles que apostam na guerra de religiões como arma eleitoral.
Há mais mistérios entre o céu e o Serra do que supõe nossa vã filosofia. Paulo Preto é um deles. A gráfica do Cambuci parece ser outro. Mistérios que não serão decifrados por teólogos, mas por delegados e agentes federais.
É caso de polícia. E não de religião.
sábado, 16 de outubro de 2010
Gracias a la vida - Delúbio Soares (*)
Por mais de dois meses, nas profundezas de uma mina, sem luz e completamente isolados, um grupo de homens desafiou a morte. Os trinta e dois chilenos e um boliviano, vivendo uma tragédia pessoal, acabaram por escrever uma página das mais belas na história do continente latino-americano.
O Chile, grande país de tradição democrática, após haver purgado duas décadas de feroz ditadura do sanguinário Pinochet, reencontrou-se não faz muito com a liberdade e possui economia das mais sólidas e pujantes. Sua riqueza vem da pesca, da fruticultura, dos vinhos e do cobre. Em todas elas, a mão do homem, a força do trabalhador. E no centro da terra, na escuridão de uma mina, aqueles operários forjavam a grandeza de seu país, contribuindo para a riqueza do Chile e a emancipação dos chilenos.
Que dura é a vida dos que carregam as Nações! São os operários nas fábricas dos cinturões industriais das grandes metrópoles; são os agricultores que tiram da terra o nosso alimento com as próprias mãos; são os mineiros na escuridão dos túneis e na profundeza das escavações insalubres opulentando a Pátria com suas riquezas minerais; são os professores nas salas de aula ensinando gerações, democratizando o alfabeto, parindo destinos; são os comerciários, na lida diária; são os prestadores de serviços, dinamizando o mercado; são os empreendedores, acreditando em sonhos, gerando divisas e empregos.
Mas é da mescla rara dos que correm risco e assumem sacrifícios, dos que aceitam missões e encaram as dificuldades, dos que crêem em seus sonhos e não se intimidam com os desafios - sejam eles quais forem - e as barreiras a serem transpostas, que sai a tinta indelével com a qual se escreve história dos homens e o destino de suas Nações.
O resgate dos mineiros no Chile assume importância singular na história de nossos irmãos andinos, mas, também, realça a união dos latino-americanos e nos deixa a lição de que a solidariedade é instrumento coletivo insuperável, e de que as grandes catástrofes e os acidentes envolvendo a sociedade civil sempre que puseram à prova os nossos povos foram vencidos pela união de todos eles.
Há uma significação imensa no resgate daqueles trabalhadores das profundezas do deserto de Atacama, do coração da terra, a uma profundidade de mais de 700 metros, longe da luz do sol e vivendo a brutal incerteza que os assaltou por mais de dois meses. Resta-nos, da epopéia de trazê-los de volta aos seus familiares e à vida do Chile, a lição de que a união da cidadania e dos governos, a permanente solidariedade de todos, da mobilização de médicos e cientistas, da competência de técnicos e engenheiros, do apoio da imprensa e da opinião pública, o homem será sempre maior que suas misérias e vencerá as tragédias que se abatem por sobre todos nós.
Como os trinta e três sobreviventes das profundas de Atacama, que emergiram da escuridão para a luz em lenta, exitosa e histórica operação de resgate, temos o exemplo de mais de 30 milhões de brasileiros que deixaram a miséria nos últimos 8 anos e conheceram o conforto de casas decentes, escolas bem equipadas, sistema de saúde bastante melhor e o fim da chaga maldita do desemprego. Como aqueles heróis da mina chilena, três dezenas de milhões de cidadãs e cidadãos brasileiros, de jovens e de idosos, de norte a sul do Brasil, viram a luz de uma nova vida refletida em casa, pão e trabalho.
A escuridão não estava somente na profundeza de uma mina perdida em Copiapó, no norte chileno. A escuridão estava em um continente que mergulhou na inflação e no desemprego, que privatizou de forma danosa e irresponsável, de governos neoliberais sem compromissos sociais ou amor ao povo. A escuridão estava em governantes que nos anos 90 prejudicaram a marcha de seus povos para a emancipação social e econômica. Rasgaram Constituições, reformaram legislações para que pudessem se reeleger, doaram o patrimônio público. Foi a década perdida. Ou a década infame. Eram os Menem, os Fujimori, os FHC. Passaram e não deixaram saudades.
Aqueles mineiros simples e sofridos, que voltaram à luz e à vida, que não perderam a esperança e nem de desesperaram, que esperaram a salvação com a força com que a sentileza aguarda a aurora, nos tocam a alma e o coração. Na pátria de Neruda, de O’Higgins, de Violeta Parra, de Gabriela Mistral, de Allende, de tantas tradições libertárias e de imensa riqueza cultural e histórica, eles nos recordaram o exercício da esperança, o dever da resistência e a vitória dos que não se entregam jamais.
(*) Delúbio Soares é professor
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Petista faz comparações entre ações e promessas
AÇÕES AMBIENTAIS Petista defende plano ambiental de Marina
PELA VIDA´ Religiosos fazem manifesto pró-PT
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Pedro Bial defende Dilma das boatarias e mentiras do Zé Serra
Pedro Bial defende Dilma das boatarias e mentiras do Zé Serra?
EXTRAIDO DE http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20101006103924AAeC9S8